O Carro

O projeto UNIRAID no que concerne aos carros permitidos, tem regras claras e surpreendentes para quem está por fora. São elas:

- Viaturas com mais de 15 anos de idade

- Não são permitidas viaturas 4x4

- De preferência motores de baixa cilindrada sem alterações

Com base nestas premissas, reuniu-se a equipa e ficou decidido que o carro seria de origem Francesa por facilidade de troca de peças e/ou assistência em território Marroquino e de baixa cilindrada de modo a não onerar os gastos em combustível. Ao optar por um carro de baixa cilindrada, procurou-se um carro que pudesse compensar a baixa potência com um baixo peso. Assim procurou-se um carro da época de 90, Francês que tivesse uma boa relação peso/potência que tivesse uma mecânica fácil e acessível com um baixo preço de mercado. A escolha recaiu no Citroen AX.

A partir daí começou a procura ativa pela viatura usando as plataformas disponíveis para o efeito. Depois de alguns contatos falhados, alguns por vendas já feitas outros por falta de resposta, apareceu á venda um carro em Tomar. No dia combinado, dá-se o encontro e houve logo uma atração muito forte pelo candidato. O dono explica que o carro estava parado mais ou menos á um ano, não tinha seguro, não tinha feito a inspeção no ano anterior e a bateria estava descarregada, mas o motor pegava. Entretanto constatou-se que os dois pneus da frente estavam sem piso. Feita esta primeira análise ao potencial candidato, lá se pôs o motor a trabalhar com a ajuda de um conjunto de cabos e usando a bateria de outro carro. Não se negou e pegou á segunda tentativa, nada mau para quem estava parado á tanto tempo. Seguiu-se o teste drive, sempre com todos os cuidados, lá se deu a volta ao quarteirão primeiro com um depois com o outro condutor, conclusão: o carro correspondia ás expectativas. Negociou-se o preço final, tendo em conta que havia despesas a suportar que não estavam previstas, tendo-se fechado a compra com o registo de transferência de propriedade no IRN de Tomar. Nesse dia tinha passado uma semana sobre a decisão de participar!

De seguida começou a preparação para trazer o carro de Tomar para Lisboa. Era necessário trocar pneus, fazer seguro e preparar o carro para ir á inspeção. Nesse dia conseguiu-se marcar a troca de pneus e consultar o mercado para encontrar o melhor seguro, dado o adiantado das horas já não foi possível fazer mais nada. No dia seguinte aí vão eles a caminho de Tomar já com o seguro feito, o dia começa com a revisão para a inspeção, tudo o que era possível de verificar na rua debaixo do toldo do estacionamento do supermercado, foi feito e ficou tudo OK. Seguiu-se a deslocação para a casa de pneus indo um carro á frente a fazer de batedor e o AX logo atrás sempre com um canal de comunicação aberto entre as duas viaturas, correu tudo bem e lá se fez a troca de pneus. O passo seguinte e o mais importante do dia era a inspeção, lá se conseguiu marcar uma hora. Depois de passar os primeiros testes onde tudo estava dentro das tolerâncias, chega-se ao rolo, no eixo frontal tudo bem, no eixo traseiro é detetada uma diferença fora dos limites no travão de mão entre o tambor esquerdo e o direito, levanta-se logo a questão será que não passa? E não passou! Mas com a inspeção feita, mesmo com a folha encarnada, o carro poderia circular durante 30 dias sem passageiros e sem carga, era o legalmente necessário para o levar para Lisboa. Viagem sem sobressaltos, o carro a mostrar que afinal estava num estado muito bom para a idade e falta de cuidados que tinha tido nos últimos tempos, surpreendeu pela positiva.

A partir do momento que chegou a Lisboa iniciou-se um diagnóstico mais minucioso de modo a identificar avarias, falhas e a necessidade de troca de peças. Para alem da revisão óbvia que tem de ser feita há a necessidade de adaptar o carro aos exigentes caminhos que irá percorrer em Marrocos. A organização tem como pontos obrigatórios de adaptação a proteção do carter, os anéis de reboque á frente e atrás e aconselha um reforço no sistema das suspensões/amortecedores. Estes pontos serão objeto de inspeção técnica antes do embarque para Tanger, sendo impeditivos de participação.

Até á data da partida é natural que se vão fazendo alguns ajustes de última hora, que podem sempre, ir aqui acompanhando.

The Car

The UNIRAID project has clear and surprising rules regarding permitted cars, for those who are not familiar with the matter. They are:

- Vehicles over 15 years old

- 4x4 vehicles are not permitted

- Preferably low-displacement engines without modifications

Based on these premises, the team met and decided that the car would be of French origin, as it would be easy to exchange parts and/or have assistance in Morocco, and of low displacement so as not to increase fuel costs. When choosing a low displacement car, the team looked for a car that could compensate for its low power with a low weight. So they looked for a car from the 1990s, a French car that had a good weight/power ratio, and that had easy and accessible mechanics with a low market price. The choice fell on the Citroen AX.

From then on, the active search for the vehicle began using the platforms available for this purpose. After a few failed contacts, some due to sales already made, others due to lack of response, a car appeared for sale in Tomar. On the agreed day, the meeting took place and there was immediately a strong attraction to the candidate. The owner explained that the car had been parked for about a year, it had no insurance, it had not been inspected the previous year and the battery was flat, but the engine would start. However, it was found that the two front tires had no tread. After this initial analysis of the potential candidate, the engine was started with the help of a set of cables and using the battery of another car. He did not refuse and started on the second attempt, not bad for something that had been parked for so long. The test drive followed, always taking all due care, and the driver drove around the block, first with one driver and then with the other, and the conclusion: the car lived up to expectations. The final price was negotiated, taking into account that there were expenses to be paid that were not foreseen, and the purchase was closed with the registration of the transfer of ownership at the IRN in Tomar. On that day, a week had passed since the decision to participate!

Next, the preparations for bringing the car from Tomar to Lisbon began. It was necessary to change the tires, get insurance and prepare the car for inspection. That day, it was possible to schedule the tire change and consult the market to find the best insurance, but given the late hour, it was not possible to do anything else. The next day, they headed to Tomar, already insured. The day began with the inspection check. Everything that could be checked on the street under the supermarket parking awning was done and everything was OK. Then, the trip to the tire shop was made, with one car in front acting as a lookout and the AX right behind, always with an open communication channel between the two vehicles. Everything went well and the tire change was done. The next and most important step of the day was the inspection, and an appointment was made. After passing the first tests, where everything was within tolerances, we arrived at the roller, on the front axle everything was fine, on the rear axle a difference outside the limits was detected in the handbrake between the left and right drum, the question immediately arises: will it not pass? And it did not pass! But with the inspection carried out, even with the red sheet, the car could be driven for 30 days without passengers and without cargo, which was the legal requirement to take it to Lisbon. The journey went smoothly, the car showing that it was in very good condition for its age and lack of care it had received in recent times, which was a positive surprise.

From the moment you arrive in Lisbon, a more detailed diagnosis will begin in order to identify faults, failures and the need to replace parts. In addition to the obvious check-up that needs to be done, the car will need to be adapted to the demanding roads that it will travel in Morocco. The organization has recommended that the car be adapted to the sump guard, the tow rings at the front and rear, and that the suspension/shock absorber system be reinforced. These points will be subject to a technical inspection before boarding for Tangier, and will prevent you from participating.

Up until the departure date, it is natural that some last-minute adjustments will be made, which you can always follow here.

La Voiture

Le projet UNIRAID, concernant les voitures autorisées, a des règles claires et surprenantes pour ceux qui ne le connaissent pas. Ils sont: - Véhicules de plus de 15 ans - Les véhicules 4x4 ne sont pas autorisés - De préférence des moteurs de faible cylindrée sans modifications Sur la base de ces prémisses, l'équipe s'est réunie et il a été décidé que la voiture serait d'origine française en raison de la facilité d'échange de pièces et/ou d'assistance sur le territoire marocain et de faible cylindrée afin de ne pas augmenter les coûts de carburant. En optant pour une voiture de faible cylindrée, nous avons recherché une voiture capable de compenser la faible puissance par un faible poids. Nous avons donc cherché une voiture française des années 90, avec un bon rapport poids/puissance, une mécanique simple et accessible et un prix de marché bas. Le choix s'est porté sur la Citroën AX.

Dès lors, la recherche active du véhicule a commencé en utilisant les plateformes disponibles à cet effet. Après quelques contacts infructueux, certains en raison de ventes déjà réalisées et d'autres par manque de réponse, une voiture est apparue à vendre à Tomar. Le jour convenu, la rencontre a eu lieu et il y a eu immédiatement une très forte attirance pour le candidat. Le propriétaire explique que la voiture était stationnée depuis environ un an, qu'elle n'avait pas d'assurance, qu'elle n'avait pas été inspectée l'année précédente et que la batterie était morte, mais que le moteur démarrait. Cependant, il a été constaté que les deux pneus avant n'avaient pas de bande de roulement. Une fois cette première analyse du candidat potentiel effectuée, le moteur a été démarré à l'aide d'un ensemble de câbles et de la batterie d'une autre voiture. Il n'a pas refusé et l'a pris à la deuxième tentative, pas mal pour quelqu'un qui avait été arrêté pendant si longtemps. L'essai routier a suivi, toujours avec toute la prudence nécessaire, en faisant le tour du pâté de maisons d'abord avec un conducteur puis avec l'autre, conclusion : la voiture a été à la hauteur des attentes. Le prix final a été négocié, en tenant compte du fait qu'il y avait des dépenses à supporter qui n'étaient pas prévues, et l'achat a été clôturé avec l'enregistrement du transfert de propriété à l'IRN de Tomar. Ce jour-là, une semaine s'était écoulée depuis la décision de participer !

Les préparatifs pour amener la voiture de Tomar à Lisbonne ont alors commencé. Il a fallu changer les pneus, souscrire une assurance et préparer la voiture pour l'inspection. Ce jour-là, nous avons réussi à programmer un changement de pneus et à consulter le marché pour trouver la meilleure assurance, mais vu l'heure tardive, il n'était plus possible de faire autre chose. Le lendemain, ils se rendirent à Tomar avec l'assurance déjà souscrite. La journée a commencé par la revue d'inspection. Tout ce qui pouvait être vérifié dans la rue sous l'auvent du parking du supermarché a été fait et tout était OK. Nous sommes ensuite allés au magasin de pneus, avec une voiture devant faisant office d'éclaireur et l'AX juste derrière, toujours avec un canal de communication ouvert entre les deux véhicules. Tout s'est bien passé et les pneus ont été changés. L'étape suivante et la plus importante de la journée a été l'inspection, et nous avons réussi à fixer un rendez-vous. Après avoir passé les premiers tests où tout était dans les tolérances, nous arrivons au rouleau, sur l'essieu avant tout va bien, sur l'essieu arrière une différence en dehors des limites est détectée dans le frein à main entre le tambour gauche et droit, la question se pose immédiatement : ne passera-t-il pas ? Et ça n'a pas marché ! Mais avec l'inspection effectuée, même avec la feuille rouge, la voiture pourrait circuler pendant 30 jours sans passagers et sans chargement, Il était légalement nécessaire de l'emmener à Lisbonne. Le voyage s'est déroulé sans problème, la voiture montrant qu'elle était en très bon état pour son âge et le manque d'entretien qu'elle avait subi ces derniers temps, a été une surprise positive. Dès son arrivée à Lisbonne, un diagnostic plus détaillé a commencé afin d'identifier les défauts, les pannes et la nécessité de remplacer des pièces. En plus de la révision évidente à faire, il y a la nécessité d'adapter la voiture aux routes exigeantes qu'elle parcourra au Maroc. L'organisation considère la protection du carter, les anneaux de remorquage à l'avant et à l'arrière comme des points d'adaptation obligatoires et recommande de renforcer le système de suspension/amortisseur. Ces points seront soumis à un contrôle technique avant l'embarquement à destination de Tanger, et empêcheront la participation. Jusqu'à la date de départ, il est naturel que quelques ajustements de dernière minute soient effectués, que vous pouvez toujours suivre ici.

El Coche 

El proyecto UNIRAID, respecto a los coches permitidos, tiene unas normas claras y sorprendentes para quien no lo conoce. Ellos son: - Vehículos con más de 15 años de antigüedad - No se permiten vehículos 4x4 - Preferiblemente motores de baja cilindrada sin modificaciones. Partiendo de estas premisas, el equipo se reunió y se decidió que el coche sería de origen francés por la facilidad de intercambio de piezas y/o asistencia en territorio marroquí y de baja cilindrada para no incrementar el gasto en combustible. A la hora de optar por un coche de baja cilindrada, buscamos un coche que pudiera compensar la baja potencia con un peso reducido. Así que buscamos un coche francés de los años 90 que tuviera una buena relación peso/potencia, una mecánica fácil y accesible y un precio de mercado bajo. La elección recayó en el Citroën AX.

A partir de ese momento se inició la búsqueda activa del vehículo utilizando las plataformas disponibles para tal fin. Después de algunos contactos fallidos, algunos por ventas ya realizadas y otros por falta de respuesta, apareció un coche a la venta en Tomar. El día acordado se produjo la reunión y de inmediato hubo una atracción muy fuerte hacia el candidato. El propietario explica que el coche llevaba aparcado aproximadamente un año, no tenía seguro, no había sido revisado el año anterior y la batería estaba muerta, pero el motor arrancaba. Sin embargo, se encontró que los dos neumáticos delanteros no tenían dibujo. Una vez realizado este análisis inicial del potencial candidato, se procedió a poner en marcha el motor utilizando un conjunto de cables y la batería de otro coche. Él no se negó y lo tomó en el segundo intento, nada mal para alguien que había estado detenido durante tanto tiempo. A continuación siguió la prueba de conducción, siempre con el máximo cuidado, dando unas vueltas a la manzana primero con un piloto y luego con el otro, conclusión: el coche estuvo a la altura de las expectativas. El precio final se negoció teniendo en cuenta que había gastos a asumir que no estaban previstos y la compra se cerró con el registro de la transferencia de propiedad en el IRN en Tomar. ¡Ese día se cumplió una semana desde la decisión de participar! 

Luego comenzaron los preparativos para trasladar el coche desde Tomar a Lisboa. Fue necesario cambiar neumáticos, contratar un seguro y preparar el coche para la inspección. Ese día logramos agendar un cambio de llantas y revisar el mercado para encontrar el mejor seguro, pero dada la hora tardía ya no fue posible hacer nada más. Al día siguiente fueron a Tomar con el seguro ya contratado. El día comenzó con la revisión de inspección. Se hizo todo lo que se pudo comprobar en la calle debajo del toldo del estacionamiento del supermercado y todo estuvo OK. Luego fuimos al taller de neumáticos, con un coche delante haciendo de explorador y el AX justo detrás, siempre con un canal de comunicación abierto entre ambos vehículos. Todo salió bien y se cambiaron los neumáticos. El siguiente y más importante paso del día fue la inspección, y logramos agendar una cita. Después de pasar las primeras pruebas donde todo estaba dentro de tolerancias, llegamos al rodillo, en el eje delantero todo bien, en el eje trasero se detecta una diferencia fuera de los límites en el freno de mano entre el tambor izquierdo y derecho, inmediatamente surge la pregunta: ¿no pasará? ¡Y no pasó! Pero con la inspección hecha, incluso con la hoja roja, el coche podría circular durante 30 días sin pasajeros y sin carga, era legalmente necesario llevarlo a Lisboa. El viaje transcurrió sin problemas, el coche demostrando que estaba en muy buen estado para su edad y la falta de cuidados que había tenido en los últimos tiempos, fue una sorpresa positiva. Desde su llegada a Lisboa se inició un diagnóstico más detallado para identificar averías, fallos y necesidad de sustitución de piezas. Además de la obvia revisión que hay que realizar, está la necesidad de adaptar el coche a las exigentes carreteras que va a recorrer en Marruecos. La organización considera la protección del cárter, las anillas de remolque delanteras y traseras como puntos de adaptación obligatorios y recomienda reforzar el sistema de suspensión/amortiguadores. Estos puntos estarán sujetos a inspección técnica antes del embarque con destino a Tánger y serán motivo de impedimento para la participación. Hasta la fecha de salida, es natural que se realicen algunos ajustes de último momento, que siempre podrás seguir aquí.